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Dica do mês da Lenda Portugal : Lagarta do Pinheiro!

  • 3 de abr.
  • 3 min de leitura

Muito Cuidado! É a altura da Lagarta do Pinheiro!


A Lagarta do Pinheiro, também conhecida como Processionária, é um inseto e é


conhecida como um dos principais perigos da primavera para os nossos cães e para os


nossos gatos. Por isso, é importante entender o seu desenvolvimento, para evitar


possíveis problemas e garantir a saúde dos nosso patudos.


Em que consiste o ciclo da Lagarta do Pinheiro?


No final do verão a borboleta põe os seus ovos nos pinheiros. Eles eclodem em


setembro e as larvas vão passando por diferentes fases de desenvolvimento enquanto


formam um ninho de proteção (uma espécie de bola de algodão) e vão se alimentando


através das árvores.


Quando estão totalmente desenvolvidas, entre finais de fevereiro e abril (dependendo


das zonas e da temperatura), as lagartas descem das árvores em grupo formando as


típicas fileiras que lhes dão nome, pois parece que formam uma espécie de procissão


perfeita. Uma vez enterradas, deixam de representar perigo, pois transformam-se em


crisálida e completam a sua metamorfose em borboleta.



Qual é o perigo?


Tendo em conta o ciclo que explicamos acima, de certeza que te deste conta que, neste


momento, encontramo-nos na época de maior risco para os nossos animais de quatro


patas.


O perigo desta lagarta deve-se aos pelos urticantes que a cobrem como mecanismo de


defesa. Os cães, exploradores da natureza, podem sentir o seu movimento e


aproximarem-se para as cheirar. As lagartas soltam os pelos urticantes que podem


entrar no nariz e nos olhos dos cães, mesmo sem este lhes tocarem, ou pior, na língua o


que pode ser grave e ter consequências irreversíveis o, até mesmo, fatais.



O contacto com uma lagarta do pinheiro é sempre e, sem duvida, motivo de uma


consulta veterinária de emergência, pois os pelos continuam a libertar uma substância


tóxica que necrosa (mata) os tecidos, portanto, quanto mais tempo o tratamento


demorar, pior será o prognóstico. O único primeiro socorro que se poderia fazer seria


lavar as áreas infetadas com água morna, mas nunca deve ser esfregado, pois isso


poderia alastrar ainda mais esses pelos e agravar a situação em que o teu patudo já se


encontra.



As áreas mais afetas geralmente são aquelas desprovidas de pelos, ou seja, os olhos, o


nariz e a boca. Os primeiros sintomas serão a salivação abundante, irritação e coceira


nos olhos e rosto, inchaço de toda a área e, principalmente, da língua. Esta sofre os


danos mais característicos, inicialmente aparecendo muito inflamada e causando,


consequentemente, a sua necrose, o que muitas vezes envolve a sua perda total ou


parcial. Em casos, muito graves, se o cão ingerir esta lagarta, a garganta assim como o


esôfago e o estômago, ficarão danificados com a necrose, e a inflamação da faringe


impediria a passagem do ar, bloqueando as vias respiratórias.



A alergia à lagarta do pinheiro é outro dos riscos iminentes, depois do contacto com os


pelos urticantes que têm substâncias capazes de originar reações alérgicas. Cada uma


das lagartas está coberta com até 600.00 pelos urticantes brancos responsáveis pelas


alergias. Estes pelos contêm a taumatopoína, que é a proteína responsável pelo efeito


irritante em caso de contacto.


Tendo isto em conta, é muito importante nestas alturas do ano, evitar locais onde


existam pinheiros e caso não seja possível fazê-lo, é importante certificares-te que


manténs o teu amigo patudo na coleira para evitar que se aproxime das lagartas. Se


tens estas árvores em tua casa, é importante preveni-las, eliminando os ninhos,


montando armadilhas ou restringindo aquela área ao teu amigo patudo.


E lembra-te, qualquer dúvida que tenhas deves sempre consultar o teu veterinário de


confiança.



👉 Sabe mais

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